ACADEMIC - ACADÊMICO

ACADEMIC TEXTS - PORTUGUESE OR ENGLISH
[ENGLISH] Some academic papers in Portuguese. Later I may add papers in English.
[PORTUGUÊS] Alguns textos acadêmicos escritos por mim. Somente alguns, que ainda me fazem pensar. Os outros estão listados no Lattes.
1. Relações assimétricas de poder não centralizado na Amazônia Indígena. Resenha.
Quem participa do GHHELiD sabe como gostamos do texto sobre a estética da produção de Joanna Overing sobre os Piaroa. Esta resenha é um complemento à ideia de organização igualitária, em que são abordados aspectos hierárquicos em alguns povos indígenas.
2. Humboldt: forma e linguagem. Artigo.
3. Linguística e Psicanálise: Articulações. Monografia. Especialização. Lugar de Vida/ Instituto de Psicologia da USP.
Este início de reflexão sobre Linguística, Psicanálise e Filosofia é o que me faz querer ler mais textos e livros de e sobre Lacan. *
4. Nomos, pluralismo legal e Literatura e Arte Romani. Título provisório.
Baseado na pesquisa que realizei para tese de láurea na Faculdade de Direito da USP, Largo de São Francisco.
SAYEG, Elisa.
Maria Elisa Marchini Sayeg.
Link to some academic texts.
Link para alguns dos textos em pdf:
https://www.researchgate.net/profile/Elisa_Sayeg
* Linguística e Psicanálise
Desde a graduação em Psicologia, no Instituto de Psicologia da USP, tendo já me formado
em Letras, interessei-me pela possibilidade de contribuição da lingüística para a psicologia
e comecei a ler o livro de Michel Arrivé, Lingüística e Psicanálise (Freud, Saussure,
Hjelmslev, Lacan e outros).
Em 2000, logo após concluir o doutorado em Filosofia da Educação (que se iniciou com um
interesse pelas Ciências Cognitivas), fiz livremente uma disciplina na pós-graduação da
Letras, Fundamentos etnometodológicos da análise da conversação, e desde então pensei na possibilidade de aplicar um dos tópicos da Análise da Conversação (Conversation
Analysis) no tratamento do autismo, especificamente, a tomada de turnos – existe uma
corrente que é por alguns denominada de “Lingüística Clínica”, que envolve contribuições
da lingüística para diversas modalidades de clínica. Iniciei um projeto para aplicar a análise
da conversação na construção de um software pedagógico voltado para a comunicação de
crianças autistas. Pretendia que o trabalho fosse compatível com uma forma já tradicional
de tratamento do autismo, e assim interessei-me pela especialização no Lugar de Vida.
Poder-se-ia objetar que a Análise da Conversação nem é propriamente uma disciplina
lingüística, dada sua origem na etnometodologia de Harold Garfinkel e outras correntes
sociológicas que se baseiam na fenomenologia, especialmente o trabalho de Alfred Schutz.
Em alguns departamentos de Letras, a Análise da Conversação é ensinada sem referência
à sua origem sociológica e fenomenológica, mas a disciplina conduzida pelo Prof. Dr.
Leland McCleary procurou, pelo contrário, evidenciar essa origem, o que muito contribui
para a sua compreensão.
Na continuidade deste projeto, fiz a disciplina no Departamento de Filosofia sobre filosofia
da psicanálise, do Prof. Dr. Vladimir Safatle, e nesse contexto iniciei uma reflexão sobre o
estádio do espelho, suas fundamentações filosóficas. Nesse trabalho, procurei refletir sobre
a compatibilidade de aplicação da Análise da Conversação, com sua fundamentação
fenomenológica, com um tratamento de abordagem lacaniana. Em 2005, apresentei a
primeira parte do meu trabalho de pesquisa, que foi possível a partir dos estudos realizados
no percurso acima descrito, no Congresso Internacional Linguagem e Interação, realizado
na UNISINOS, RS.
Tive bastante interesse pelo seminário de Alfredo Jerusalinsky, promovido pelo Lugar de
Vida, intitulado Lingüística e Psicanálise, de 2006, e o tomei como ponto de partida para a
realização da monografia, especialmente em relação aos seguintes tópicos: 1. em que
ponto a concepção de Lacan sobre a linguagem afasta-se da lingüística e da filosofia da
linguagem praticada na sua época; e 2. em que medida deixa de ser um sistema, conforme
defende a exposição de Jerusalinsky, que lembra paradigmaticamente a oposição da
concepção de Lacan ao Tractatus Logico-Philosophicus de Wittgenstein, mas silencia
sobre o segundo Wittgenstein, o das Investigações Filosóficas, que se opõe
intencionalmente às crenças do “autor do Tractatus”, ou seja, em que o “segundo”
Wittgenstein desmente, explicitamente, o “primeiro” Wittgenstein (oposição que também é
por alguns críticos contestada, mas que não problematizaremos no âmbito deste
trabalho).
Devo também lembrar, em relação ao curso do Lugar de Vida, as conferências da Profa.
Dra. Marie Christine Laznik, psicanalista que demonstra flexibilidade para trabalhar com
conhecimentos de outras áreas, como a neurologia e a lingüística, e que revelou também
conhecimento de alguns conceitos da análise da conversação e outras pesquisas na área,
relacionadas ao autismo.
[Continua]